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https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2024.39.1.17
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Artigo de Revisão

Jejum ou fasting mimicking diet como estratégia para manejo de efeitos adversos em pacientes submetidos a quimioterapia: uma revisão sistemática

Fasting or fasting mimicking diet as a strategy for managing adverse effects in patients undergoing chemotherapy: a systematic review

Renata Pasetchny Ribeiro, Ludiane Alves do Nascimento, Erika Yuri Hirose Murahara, Ana Lúcia Chalhoub Chediac Rodrigues, Ariane Nadolskis Severine, Tainá Teixeira Ortega

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Resumo

Introdução: O jejum e a fasting mimicking diet são estratégias para reduzir os efeitos adversos (EA), aumentando a sensibilização diferencial ao estresse em células tumorais e aumentando a captação do quimioterápico, ocasionando estresse oxidativo e dano ao DNA. Método: Foi realizada uma revisão sistemática, utilizando as bases de dados Pubmed e Scopus, por meio do método PRISMA e a ferramenta de Colaboração Cochrane RoB 2.0 para avaliar o risco de viés. Resultados: Foram incluídos 7 ensaios clínicos randomizados (ECRs). Os ECRs avaliaram o jejum por diferentes períodos: 18, 60, 48 ou 96 horas. A maioria dos ensaios utilizou os Critérios de Terminologia Comum para Eventos Adversos (CTCAE) para avaliar os EA. Não foram observados EA grau V. A maioria dos EA foi grau I ou II, e em todos os ECRs, ambos os grupos apresentaram algum tipo de toxicidade relacionada ao tratamento. Estomatite, cefaleias, sensação de fraqueza, mucosite, diarreia, vômito, náusea, toxicidades auto-relatadas e menor adiamento da quimioterapia foram significativamente menores durante o jejum (p=0,013; p=0,002; p=0,024; p=0,004; p<0,001; p<0,001; p=0,009; p=0,023 e p=0,034, respectivamente). Nos dois grupos, houve piora clinicamente significativa de fadiga, dor, dispneia, perda de apetite e constipação (p<0,01). Conclusão: Devido à escassez de estudos, não é possível afirmar que o jejum, ou estratégias similares, amenizam os EA da quimioterapia em comparação a uma dieta regular.

Palavras-chave

Jejum. Restrição calórica. Câncer.

Abstract

Introduction: Fasting and the fasting-mimicking diet are strategies to reduce adverse effects (AEs) by increasing differential stress sensitization in tumor cells and enhancing chemotherapy uptake, causing oxidative stress and DNA damage. Methods: A systematic review was conducted using PubMed and Scopus databases, following the PRISMA method and utilizing the Cochrane Collaboration RoB 2.0 tool to assess risk of bias. Results: A total of 7 randomized clinical trials (RCTs) were included. The RCTs evaluated fasting over different periods: 18, 48, 60 and 96 hours. Most trials used the Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) to assess AEs. No grade V AEs were observed. Most AEs were grade I or II, and in all RCTs, both groups experienced some type of treatment-related toxicity. Stomatitis, headaches, weakness, mucositis, diarrhea, vomiting, nausea, self-reported toxicities, and chemotherapy delay were significantly lower during fasting (p=0.013; p=0.002; p=0.024; p=0.004; p<0.001; p<0.001; p=0.009; p=0.023, and p=0.034, respectively). Both groups reported clinically significant worsening of fatigue, pain, dyspnea, loss of appetite, and constipation during treatment (p<0.01). Conclusion: Due to the scarcity of studies, it is not possible to confirm that fasting or similar strategies can mitigate chemotherapy-induced AEs compared to a regular diet.

Keywords

Fasting. Caloric restriction. Cancer.

Submetido em:
13/08/2024

Aceito em:
13/11/2024

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