Introdução: A alta prevalência de utilização de nutrição enteral (NE) no ambiente hospitalar é uma realidade. Porém, uma complicação comum é a disfunção do trato-gastrointestinal e/ou intolerância à NE. Dessa forma, as fórmulas oligoméricas surgem como alternativa para o gerenciamento destas condições. O objetivo da presente revisão integrativa é sintetizar a literatura acerca da composição das fórmulas oligoméricas, seu papel no cuidado do paciente adulto/idoso e as possíveis implicações de custo e eficácia do seu uso na prática clínica. Método: Foi feita uma revisão de escopo dos potenciais benefícios das fórmulas enterais oligoméricas em pacientes que necessitam de terapia nutricional. Foram realizadas buscas no Google Scholar, MEDLINE e PubMed, utilizando as palavras-chave: “suporte nutricional”, “nutrição enteral” e “fórmulas oligoméricas”. Os artigos identificados foram avaliados e utilizados de acordo com sua qualidade e metodologia. Resultados: A base da composição de fórmulas oligoméricas com di e tri-peptideos (principalmente proteína do soro do leite hidrolisada), bem como triglicerídeos de cadeia média, facilita sua digestibilidade e absorção, com menor consumo de O2 intestinal. Intervenções nutricionais em pacientes críticos com fórmulas oligoméricas têm potencial para manejo dos sinais e sintomas de intolerância gastrointestinal, redução dos episódios de hiperglicemia, menor perda muscular e fraqueza adquirida, melhor oferta calórica e proteica, bem como redução de mortalidade e tempo de internação. Resultados promissores em outras condições clínicas e em pacientes em NE domiciliar também foram observados. Evidências de redução de custo com a eficácia das fórmulas oligoméricas são identificadas, principalmente por conta da menor utilização de recursos do sistema de saúde com o controle da intolerância à NE. Conclusões: Considerado que a intolerância à NE é uma realidade nos serviços de saúde, uma opção para manejo precoce dos sinais e sintomas do paciente é a utilização de fórmula oligomérica, devido a seus potenciais impactos positivos nos desfechos clínicos e econômicos relacionados ao paciente.

Introduction: The high prevalence of enteral nutrition (EN) in hospital environments is a reality. However, common complications include gastrointestinal tract dysfunction and/or intolerance to EN. Thus, oligomeric formulas emerge as alternatives for the management of these conditions. The objective of this integrative review was to synthesize the literature on the composition of oligomeric formulas, their role in the care of adults and elderly patients, and the possible cost and efficacy implications of their use in clinical practice. Methods: A scoping review was performed on the potential benefits of oligomeric enteral formulas in patients requiring nutritional therapy. Google Scholar, MEDLINE, and PubMed were used to search for papers using “nutritional support”, “enteral nutrition”, and “oligomeric formulas” as keywords. The retrieved papers were assessed and used in the review according to their quality and methodology. Results: The composition of oligomeric formulas based on di- and tripeptides (mainly hydrolyzed whey protein) and mediumchain triglycerides facilitates their digestibility and absorption with lower intestinal O2 consumption. Nutritional interventions in critically ill patients with oligomeric formulas can manage the signs and symptoms of gastrointestinal intolerance, reduce episodes of hyperglycemia, reduce muscle loss and acquired weakness, improve caloric and protein supply, and reduce mortality and length of hospital stay. Promising results in other clinical conditions and in patients receiving home EN were also observed. Evidence of cost reduction with the effectiveness of oligomeric formulas has been identified, mainly because of the reduced use of health system resources with the control of EN intolerance. Conclusions: Considering that intolerance to EN is a reality in health services, an option for the early management of the patient’s signs and symptoms is the use of an oligomeric formula because of its potential positive impact on clinical and economic outcomes related to the patient.