Introdução: A campanha “Diga não à desnutrição” foi encorajada visando reduzir índices de desnutrição hospitalar. O objetivo deste estudo foi descrever o cenário da aplicação do método mnemônico dos 11 passos para combate à desnutrição propostos pela campanha, na visão do nutricionista. Método: Estudo observacional, transversal e descritivo. Um formulário eletrônico com questões sobre ações sugeridas pela campanha foi aplicado entre nutricionistas. Resultados: Houve 66 respostas. Oito dos 11 passos somaram respostas consideradas positivas de implantação total ou parcial, com ou sem protocolo, para todos os pacientes ou para aqueles em risco nutricional. Esses passos foram a triagem (92,4%) e avaliação (98,4%) nutricional, monitoração semanal de peso (74,3%), cálculo das necessidades (93,9%), avaliação da adequação (81,8%), registro em prontuário (97%), atendimento humanizado (83,3%), orientação de alta (86,4%) e aplicação de indicadores de qualidade (87,7%). Um passo parece estar implantado parcialmente, pois embora a massa muscular seja avaliada pela maioria (75,7%), a força muscular não é (40,9%). Os passos com ausência de protocolo de mobilização precoce (45,3%) e ausência de protocolo de jejum ou baixa adesão ao protocolo para cirurgias (68,2%) e exames (77,3%) apresentaram respostas somadas preocupantes. Houve concordância parcial quanto à implantação dos passos da campanha (ranking médio de 3,66). Conclusão: Na visão dos nutricionistas, existe um cenário de concordância parcial na aplicação da campanha, onde a maior parte dos passos tem sido aplicada, ao menos parcialmente. Todavia, protocolos de abreviação de jejum, avaliação de força
muscular e mobilização precoce parecem precisar de ações de fortalecimento. 

Introduction: The campaign “Say no to malnutrition” was promoted aiming to reduce hospital malnutrition rates. The objective of this study was to describe the application scenario of the mnemonic method of the 11 steps proposed by the campaign to prevent malnutrition, according to the perspective of nutritionists. Methods: This was an observational, cross-sectional and descriptive study. An electronic form with questions about actions suggested by the campaign was applied to nutritionists. Results: There were 66 responses. Eight out of the 11 steps garnered responses considered positive for full or partial implementation, with or without protocol, for all patients or for those at nutritional risk. These eight steps included nutritional screening (92.4%) and assessment (98.4%), weekly weight monitoring (74.3%), calculation of needs (93.9%), adequacy assessment (81.8%), documentation record (97%), humanized care (83.3%), discharge guidance (86.4%), and application of quality indicators (87.7%). One step seems to be partially implemented, as muscle mass is evaluated by the majority (75.7%), but muscle strength is not (40.9%). The steps presenting absence of early mobilization protocol (45.3%) and absence of fasting protocol or low adherence to the protocol for surgeries (68.2%) and for exams (77.3%) presented concerning summed responses. There was partial agreement regarding the implementation of campaign steps (average ranking of 3.66). Conclusion: From the perspective of nutritionists, there is a scenario of partial agreement in the application of the campaign, as most steps have been applied, at least partially. However, fasting abbreviation protocols, assessment of muscle strength, and early mobilization protocols seem to require strengthening actions.