Introdução: O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina e/ou na sua ação. O monitoramento do controle glicêmico pode ser realizado a partir dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c), que deve estar abaixo de 7%. A pandemia da COVID-19 pode ter influenciado na vida dos pacientes, principalmente em diabéticos. Foi avaliado o impacto da pandemia de COVID–19 no controle do Diabetes Mellitus, utilizando a hemoglobina glicada como parâmetro de avaliação. Método: Estudo retrospectivo observacional dos prontuários dos pacientes atendidos pela equipe multidisciplinar na Associação dos Diabéticos de Barbacena (ASSODIBAR), MG, Brasil, antes da pandemia (2019) e durante a pandemia (2021). Coletamos dados sociodemográficos, antropometria, exames bioquímicos (especificamente hemoglobina glicada), presença de comorbidades e evolução dos pacientes. Aplicamos os testes paramétricos T independente ou pareado e testes não paramétricos de U de Mann-Whitney ou Wilcoxon, por meio do programa IBM SPSS Statistics 20. Resultados: Houveram 96 pacientes com diabetes atendidos pela ASSODIBAR. A presença de HbA1c e creatinina antes da pandemia é inferior à HbA1c na pandemia. De todos os pacientes, 65,6% deles apresentavam classificação de excesso de peso. Fatores como a HbA1c, creatinina e excesso de peso apontavam maior risco de nefropatia diabética. Conclusão: Os pacientes não apresentaram aumento significativo na HbA1c após a pandemia de COVID-19. A pandemia influenciou no aumento significativo de parâmetros relacionados com nefropatia diabética. O excesso de peso está relacionado ao aumento da creatinina e ureia.