Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) pode acarretar diversas consequências deletérias ao indivíduo, uma vez que o excesso de peso contribui muito para as doenças cardiovasculares em geral. Por outro lado, pacientes com excesso de peso parecem ter um melhor prognóstico em relação ao AVE. O principal objetivo deste trabalho foi verificar o papel do excesso de peso como fator protetor no prognóstico do AVE. Método: Fizemos um estudo de revisão sistemática, considerando as diretrizes da Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Utilizamos a base de dados PubMed, investigando os artigos por meio do título e resumo. Na busca, foram adicionados os termos “Stroke” e “Nutritional Status”, investigando apenas estudos dos últimos cinco anos. Após a leitura completa dos artigos selecionados, foram eleitos aqueles que se encaixavam nos critérios de inclusão. Resultados: Foram achados 7 artigos para fundamentar o trabalho em questão. O estado nutricional, considerando o índice de massa corporal e parâmetros antropométricos, como circunferência da cintura (CC) e relação cinturaquadril (RCQ), apresentaram associação relevante com o prognóstico do AVE. Em grande parte, o sobrepeso e a obesidade foram associados à melhora da sobrevida e resultados funcionais, além de menores chances de recorrência em pacientes acometidos por AVE. A CC aumentada foi significativamente associada a menores chances de morte ou dependência na alta. Conclusões: Ainda não foi determinado se o excesso de peso tem um papel direto em conferir alguma vantagem na sobrevivência e melhora nos resultados funcionais após o AVE. Porém, os estudos apontam para melhores desfechos clínicos em relação ao baixo peso. O acompanhamento individual é necessário, para que medidas de intervenção precoce de suporte nutricional sejam implementadas, permitindo melhores desfechos clínicos para estes pacientes.