BRASPEN Journal
https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2023.38.2.05
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Artigo Original

Comparação dos valores de gasto energético mensurados por calorimetria indireta e os calculados por fórmula preditiva, em pacientes críticos com COVID-19

Anna Carolina Pompermayer Coradelli, Caroline Valverde Pereira, Daniela Hummel de Almeida, Fabiana Ruotolo, Luanye Karla Silva, Luma Kagueyama, Mariana dos Santos Pereira Dutra, Mariana Valini Monteiro, Matheus Horta Sad, Paulo Cesar Ribeiro, Sandra Regina Alves Belo

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Resumo

Introdução: Pacientes críticos apresentam alterações metabólicas importantes que podem contribuir para a perda de massa magra, maior risco de comorbidades, desnutrição e maior tempo de internação. A estimativa do gasto calórico do paciente crítico varia de acordo com diversos fatores e a calorimetria indireta (CI), em pacientes em ventilação mecânica (VM) é fortemente recomendada. Avaliamos a concordância entre o gasto energético mensurado pela calorimetria indireta e o estimado pela fórmula de bolso da BRASPEN, em pacientes críticos com COVID-19. Método: Estudo observacional transversal retrospectivo. Foram utilizados todos os pacientes críticos com COVID-19 com dados de CI, no período de abril a setembro de 2021. Resultados: Foram 25 pacientes, sendo 80% (n=20) do gênero masculino, 56% (n=14) idosos e 56% (n=14) obesos. A CI foi realizada na primeira semana de doença crítica em 64% (n=16) dos pacientes. Desses pacientes, 56% (n=14) tinham diagnóstico de hipertenção arterial sistêmica (HAS), 28% (n=7) de diabetes mellitus (DM), 24% (n=6) de dislipidemia (DLP), 16% (n=4) de doenças cardiovasculares (DCV), 12% (n=3) de doença renal crônica (DRC), 12% (n=3) de câncer, 8% (n=2) de doenças pulmonares obstrutiva crônica (DPOC) e 1 apresentava hepatopatia (4%). Em 56% (n=14) dos pacientes, o peso foi aferido na internação e 44% (n=11) tinham apenas o peso referido. Em 64% (n=16) dos pacientes, a CI forneceu uma estimativa calórica maior do que a encontrada na fórmula preditiva, sendo a variação máxima de 1514 kcal. Em relação à equação preditiva, a variação máxima foi de 587,5 kcal, quando comparada à CI. Não houve correlação entre as variáveis da estimativa de necessidade calórica, a partir da CI e fórmula preditiva, independentemente da idade. Conclusão: Sugere-se que as equações preditivas podem subestimar o gasto calórico dos pacientes alvo deste estudo, tendo como agravante o hipermetabolismo progressivo da COVID-19. Por isso, se demonstra a importância do método padrão para a estimativa energética do paciente e sua aferição recorrente.

Palavras-chave

COVID-19. Calorimetria indireta. Cuidados críticos.
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