Introdução: A pandemia da COVID-19 iniciou-se em dezembro de 2019, quando foi notificada a ocorrência de um surto de pneumonia na cidade de Wuhan, China. Em curto tempo, o patógeno foi identificado e denominado de Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARSCoV-2), sendo este vírus a causa da Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19). No Brasil, 39% dos pacientes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19 foram internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Estes pacientes apresentavam um risco maior de desnutrição devido ao aumento das necessidades metabólicas associadas a um estado de inflamação aguda. Diante deste cenário, o início precoce da terapia nutricional (TN) promove inúmeras vantagens para o paciente hospitalizado, tais como a melhora na resposta imunológica, diminuição de complicações clínicas, assim como reduções de custos, do tempo de internação e até mesmo taxa de mortalidade. Com o objetivo de produzir um arcabouço teórico que contribua para o melhor entendimento da TN e o seu uso em pacientes com COVID-19, elaborou-se uma revisão integrativa. Método: Para tal, foi realizada uma busca nas bases de dados CAPES, PubMed, Lilacs e Medline, utilizando-se descritores e termos livres referentes a nutrição enteral e COVID-19. Resultados: Do total de 167 artigos, foram selecionados 12 manuscritos que abordavam especificamente o manejo clínico e nutricional de pacientes com COVID-19 ou o uso da nutrição enteral em pacientes com COVID-19. Conclusão: A partir desses artigos, foram identificadas as abordagens nutricionais em pacientes hospitalizados com COVID-19, como a escolha do método de avaliação e triagem nutricional, manejo dos profissionais de saúde no cuidado com esses pacientes, as consequências nutricionais do vírus SARS-CoV-2, assim como as escolhas da terapia nutricional quanto à dieta enteral, composição e influência dos macro e micronutrientes na evolução do paciente com COVID-19.