Introdução: O peso e a estatura são parâmetros amplamente utilizados para avaliação nutricional. Entretanto, no ambiente hospitalar, nem sempre é possível realizar a aferição de forma objetiva, sobretudo em pacientes com dificuldade de locomoção, críticos ou acamados. Diante disso, equações preditivas são alternativas para pacientes hospitalizados. O objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre o peso e a estatura aferidos e estimados em pacientes hospitalizados. Método: Estudo transversal, realizado com pacientes internados nas unidades de Gastroenterologia e Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O peso foi aferido em balança digital ou guincho de transferência hidráulico e, nos casos de sobrecarga hídrica, o peso foi corrigido. A estatura foi aferida através de estadiômetro ou recumbente. As equações preditivas utilizadas foram as propostas por Chumlea, a partir dos valores da altura do joelho e circunferência do braço. A comparação entre as médias foi realizada pelo teste T de Student e a correlação pelo coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Foram avaliados 374 pacientes (idade = 56,8 ± 14,9 anos e 51,6% homens). A média da estatura aferida e estimada foi de 165,2 ± 9,9 cm e 164,5 ± 9,7 cm, respectivamente (diferença de -0,72 cm, p = 0,141, r = 0,877). O valor médio do peso aferido e estimado foi de 71,8 ± 18,5 kg e 70,9 ± 16,2 kg, respectivamente (diferença de -0,9 kg, p = 0,076, r = 0,882). Em relação aos pacientes com sobrecarga hídrica, as diferenças observadas foram de -7,34 kg (p < 0,001) e -4,75 kg (p < 0,001), conforme critérios de desconto. Conclusão: A equação preditiva de estatura é adequada para pacientes hospitalizados. Em relação à equação preditiva para a estimativa do peso de pacientes sem sobrecarga hídrica, os valores encontrados foram muito similares e a fórmula mostrou-se adequada, configurando-se uma boa alternativa na impossibilidade de aferir o peso.