BRASPEN Journal
https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2022.37.1.08
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Artigo Original

Avaliação da terapia nutricional em pacientes COVID-19 submetidos à oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO)

Evaluation of nutritional therapy in COVID-19 patients undergoing extracorporeal membrane oxygenation (ECMO)

Vivianne Magalhaes Ludtke, Haroldo Falcão Ramos da Cunha, Gustavo Gouveia de Freitas, Luciana Vieira Neves

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Resumo

Introdução: A síndrome do desconforto respiratório (SDRA) é a forma mais grave da COVID-19 e seu tratamento inclui ventilação mecânica pulmonar protetora, bloqueio neuromuscular, elevação da pressão positiva expiratória final, técnicas de recrutamento pulmonar e posicionamento em prona. Quando a terapia convencional falha, a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) emerge como recurso para garantir a perfusão e oxigenação sistêmica. A hipoxemia refratária observada na injúria pulmonar da forma grave da doença traz desafios para a terapia nutricional (TN). O objetivo deste estudo é realizar uma observação exploratória sobre a utilização conjunta de TN e suporte circulatório extracorpóreo, com ênfase na potencial interferência da ECMO no aporte nutricional total e, consequentemente, no atendimento das metas calórico proteicas. Método: Estudo de coorte retrospectivo observacional com coleta e análise de dados de prontuário médico de pacientes em ECMO. Foram selecionados 22 pacientes internados na unidade de terapia Intensiva devido a quadro de COVID-19 em uso de ECMO. As necessidades energéticas e proteicas foram estimadas com fórmula de bolso, conforme o índice de massa corporal (IMC). Resultados: Perfil de pacientes jovens (47 ± 11,1 anos), homens (73%) e obesos (82%; IMC:34,6 ± 6,6 kg/m2). A TN foi iniciada, em média, em 1,8 ± 0,9 dias da internação e o alcance do aporte pleno em 7,8 ± 4,0 dias. Os pacientes permaneceram 26 ± 17,2 dias em TN enteral. A adequação calórico-proteica entre o proposto e infundido em D1 foi de 60,48% e 68,42%; em D7, 88,9% e 86,8% e em D15, 82,06% e 93,24%, respectivamente. Conclusão: A utilização de ECMO não aparenta ser impeditivo para início e progressão de TN.

Palavras-chave

Cuidados Críticos. Terapia nutricional. Oxigenação por membrana extracorpórea. Síndrome do desconforto respiratório. COVID–19.

Abstract

Introduction: Respiratory distress syndrome (ARDS) is the most severe form of COVID-19 and its treatment includes protective pulmonary mechanical ventilation, neuromuscular block, elevation of positive end-expiratory pressure, lung recruitment techniques, and prone positioning. When conventional therapy fails, extracorporeal membrane oxygenation (ECMO) emerges as a resource to ensure perfusion and systemic oxygenation. The refractory hypoxemia observed in lung injury in the severe form of the disease poses challenges for nutritional therapy (NT). The purpose of this study is to carry out an exploratory observation on the combined use of NT and extracorporeal circulatory support, with emphasis on the potential interference of ECMO in the total nutritional intake and, consequently, in the fulfillment of protein caloric goals. Methods: Retrospective observational cohort study with collection and analysis of data from medical records of patients on ECMO. Twenty-two patients admitted to the Intensive Care Unit due to COVID-19 using ECMO were selected. Energy and protein requirements were estimated using a pocket formula according to body mass index (BMI). Results: Profile of young patients (47 ± 11.1 years), men (73%) and obese (82%; BMI: 34.6 ± 6.6 kg/m2). NT was started on average 1.8 ± 0.9 days after admission and reaching full delivery in 7.8 ± 4.0 days. Patients remained 26 ± 17.2 days on enteral nutritional therapy. The caloric-protein adequacy between the proposed and infused on D1 was 60.48% and 68.42%; in D7, 88.9% and 86.8% and in D15, 82.06% and 93.24%, respectively. Conclusion: The use of ECMO does not appear to be an impediment to the initiation and progression of nutritional therapy

Keywords

Critical care. Nutrition therapy. Extracorporeal membrane oxygenation. Respiratory distress syndrome. COVID–19.
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