Introdução: A terapia nutricional em terapia intensiva envolve a avaliação criteriosa do risco nutricional, baseada em variáveis que influenciam a evolução clínica de pacientes críticos, sendo o monitoramento diário um parâmetro utilizado para avaliar a qualidade da assistência. O objetivo do estudo foi avaliar se as metas de calorias e proteínas seriam atingidas ao final da internação, além dos fatores de risco nutricionais e gravidade dos pacientes quanto ao tempo de internação. Método: A avaliação foi realizada na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital privado, com 79 pacientes sob terapia nutricional (TN) enteral e/ou parenteral, com seguimento de até 30 dias após o início da TN. Os dados foram coletados retrospectivamente por meio de formulários, prontuários e banco de dados. Os desfechos foram categorizados por meio da curva ROC e, ao final, foi realizada regressão logística. Resultados: As metas foram atingidas com mais facilidade no grupo mais grave (92,9%; p=0,003), sugerindo que a avaliação do risco nutricional requer maior atenção e empenho da equipe multiprofissional. O menor tempo de hospitalização foi associado aos pacientes de alto risco nutricional que alcançaram apenas a meta calórica durante a internação (73,2% vs. 4,2%; p<0,001). Conclusões: O Nutric Score apresentou melhor desempenho associado a outros escores no desfecho dos pacientes, tendo o SAPS 3 um melhor resultado para correlacionar o alcance da meta calórica-proteica.

Introduction: Nutritional therapy in intensive care involves the careful assessment of nutritional risk based on variables that influence the clinical outcome of critically ill patients, with daily monitoring being a parameter used to assess the quality of care. The aim of the study was to evaluate whether calorie and protein targets would be met at the end of hospitalization in addition to nutritional risk factors and the severity of patients relative to length of hospitalization. Methods: The evaluation was performed at the intensive care unit (ICU) of a private hospital and 79 patients receiving enteral and/or parenteral nutritional therapy (NT) with follow-up of up to 30 days after the onset of NT were assessed. Data were collected retrospectively using forms, medical records and databases. The outcomes were categorized using the ROC curve and logistic regression was performed. Results: The targets were more easily achieved in the most severe group (92.9%; p=0.003), suggesting that the assessment of nutritional risk prompts greater attention and commitment from the multidisciplinary team. Shorter hospital stays were observed among patients at high nutritional risk who met only the calorie target during hospitalization (73.2% vs. 4.2%; p<0.001). Conclusions: The NUTRIC score showed a better performance associated with other patient outcome scores, with the SAPS 3 having a better result with which to correlate the achievement of the calorie-protein target.