Introdução: Em condições normais, as bactérias que residem no trato gastrointestinal criam um balanço homeostático, que permanece saudável e livre de crescimento excessivo de bactérias, potencialmente patogênicas. Quando ocorre a perda da diversidade microbiana, principalmente das espécies protetoras, há o favorecimento da dominância por espécies patógenas, caracterizando o quadro de disbiose intestinal. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar o risco de disbiose intestinal em pacientes hospitalizados. Método: Trata-se de um estudo analítico transversal, realizado com 70 pacientes internados, adultos e idosos, de ambos os sexos, internados em um hospital universitário, no ano de 2019. Aplicou-se um questionário que considera os principais fatores contribuintes para o risco de disbiose intestinal, foram coletadas variáveis sociodemográficas e econômicas, clínicas e medidas antropométricas. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 23, a margem de erro para a decisão dos testes estatísticos foi de 5%, o grau da associação foi obtido por meio da razão da prevalência. Resultados: A idade variou de 19 a 80 anos, a idade média foi de 49,29 ± 14,35 anos. A maioria era composta pelo sexo feminino (62,9%) e a faixa 40 a 59 foi a mais prevalente, com um pouco menos da metade (48,6%). A presença de risco nutricional pela triagem de admissão foi registrada em 42,9% da amostra e exatamente a metade revelava excesso de peso. Grande parte da amostra pertencia à clínica gastroenterologia/ reumatologia (34,3%). Cerca de 62,9% dos pacientes apresentavam risco médio de disbiose. Conclusão: Os pacientes apresentaram risco médio e alto de disbiose intestinal. Não houve associações significativas do risco de disbiose intestinal com as variáveis sociodemográficas, econômicas, clínicas e antropométricas. A utilização de uma ferramenta prática para avaliar a disbiose intestinal pode auxiliar profissionais de saúde no direcionamento de uma conduta adequada, de acordo com os resultados encontrados.

Introduction: Under normal conditions, the bacteria residing in the gastrointestinal tract create a homeostatic balance that remains healthy and free from the overgrowth of potentially pathogenic bacteria. When microbial diversity is lost, especially protective species, favors dominance by pathogenic species, characterizing intestinal dysbiosis. Thus, the present study aims to assess the risk of intestinal dysbiosis in hospitalized patients. Methods: This is an analytical cross-sectional study conducted with 70 inpatients, adults and elderly, of both sexes, admitted to a university hospital in 2019. Applied in a questionnaire that considers the main factors that contribute to the risk of intestinal diseases and sociodemographic and economic variables, clinical and anthropometric measurements were collected. It used the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 23, a 5% margin of error in the decision of the statistical tests, and the degree of association was used for the prevalence ratio. Results: The age range was between 19 and 80 years, and the average age was 49.29 ± 14.35. Most were female (62.9%) and the range 40 to 59 was the most prevalent with slightly less than half (48.6%). The presence of nutritional risk by admission screening was recorded in 42.9% of the sample and exactly half were overweight. Most of the samples belonged to the gastroenterology/rheumatology clinic (34.3%). About 62.9% of patients had a medium risk of dysbiosis. Conclusion: Patients with a medium and high risk of dysbiosis. There was no risk of intestinal dysbiosis with sociodemographic, economic, clinical and anthropometric variables. The use of a practical tool can assist health professionals without directing in an appropriate way according to the results found.