Risk stratification for intestinal dysbiosis in hospitalized adult patients according to the National Dysbiosis Survey (INDIS)
Estratificação de risco para disbiose intestinal em pacientes adultos hospitalizados de acordo com a Pesquisa Nacional de Disbiose (INDIS)
Aline Okipney, Jéssica Romanelli Amorim de Souza, Antonio Carlos Ligocki Campos, Leticia Fuganti Campos, Paula Rodrigues Anjo, Camila Abreu
Resumo
Introduction: The intestinal microbiota has a symbiotic relationship with the human being. Its alteration, known as dysbiosis, can result in several diseases. Some risk factors may predict the occurrence of this condition. The purpose of this study was to evaluate the effectiveness of the National Dysbiosis Survey (INDIS) in the risk stratification of hospitalized adult patients that presented with intestinal dysbiosis. Methods: 100 patients hospitalized at the Hospital das Clínicas da UFPR were interviewed through INDIS. In this questionnaire, risk factors for dysbiosis of each patient were established and the dysbiosis degree was stratified in low, medium, high, and very high risk. Results: Most patients were classified as medium (43%) and high risk (39%) of dysbiosis. The univariate analysis revealed an association between the degree of dysbiosis and elderly patients (p=0.034), number of comorbidities (p<0.001), presence of diarrhea or constipation (p<0.001) and medication in use [antibiotic and/or proton pump inhibitor (PII); p<0.001]. In the multivariate analysis, the most important influence in classification was the presence of diarrhea or constipation (OR=3.00, 95% CI [1.73, 5.21] p<0.001) and medication in use (Score 3: OR = 53.4, 95% CI [2.73, 1045.5], p=0.009 and Score 4-8: OR = 1709.1, 95% CI [50.27, 58103.5] p<0.001), both independent predictors of high and very high risk of dysbiosis. Conclusion: The risk degree of intestinal dysbiosis is greater in the presence of diarrhea or constipation, the use of antibiotics and/or PII, and in elderly patients. Once the risks of dysbiosis have been defined, INDIS proved to be an effective and rapid tool for risk stratification of dysbiosis in the study population, future studies should determine the relevance of therapeutic interventions with the purpose of normalizing the intestinal flora.
Palavras-chave
Abstract
Introdução: A microbiota intestinal possui relação simbiótica com o organismo humano. A alteração desta relação, conhecida como disbiose, pode resultar em várias doenças. Alguns fatores podem predizer a ocorrência desta condição. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do Questionário Nacional de Disbiose (INDIS) na estratificação de risco em pacientes adultos hospitalizados que apresentavam disbiose intestinal. Método: O questionário INDIS foi aplicado em 100 pacientes hospitalizados no Hospital das Clínicas da UFPR. Neste questionário, os fatores de risco para disbiose em cada pacientes são estabelecidos e o grau de disbiose é estratificado em baixo, médio, alto e muito alto. Resultados: A maioria dos pacientes foi classificada como risco médio (43%) e alto (39%) de disbiose. A análise univariada revelou associação entre o grau de disbiose e pacientes idosos (p=0,034), o número de comorbidades (p<0,001), a presença de diarreia ou constipação (p<0,001) e a medicação em uso (antibiótico e/ou inibidor de bomba de próton) (p<0,001). Na análise multivariada, a classificação como influência mais importante foi a presença de diarreia ou constipação (OR=3.00, 95% CI [1.73, 5.21] p<0,001) e a medicação em uso (escore 3: OR = 53.4, 95% CI [2.73, 1045.5], p=0009 e escore 4-8: OR = 1709.1, 95% CI [50.27, 58103.5] p<0,001), ambos preditores independentes do risco alto e muito alto de disbiose. Conclusões: O grau de risco de disbiose é maior na presença de diarreia e constipação, no uso de antibióticos e/ou inibidor de bomba de próton e em pacientes idosos. Uma vez que os riscos de disbiose estão definidos, o INDIS provou ser uma ferramenta rápida e efetiva para determinar a disbiose na população estudada. Estudos futuros deverão determinar a relevância das intervenções terapêuticas que propõem normalizar a flora intestinal.