BRASPEN Journal
https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2016.31.3.02
BRASPEN Journal
Artigo Original

Prevalência e fatores associados à anemia em gestantes de alto risco de Maceió, Alagoas

Prevalence and factors associated with anemia in high-risk pregnant women in Maceió, Alagoas

Alane Cabral Menezes de Oliveira, Luiza de Oliveira Moraes, Arianne Albuquerque Santos, Lidiane de Almeida Pereira, Bruna Mayara Tavares de Gusmão, Fabiana Andréa Moura, Raphaela Costa Ferreira

Downloads: 0
Views: 123

Resumo

Introdução: Alguns agravos ou doenças na gravidez apresentam relação com o aumento da incidência de anemia. Além disso, a anemia pode agravar os sintomas de certas doenças durante esse período. Portanto, a atenção a esse grupo de gestantes quanto a esse aspecto deveria ser redobrada. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência e os fatores associados à anemia em gestantes de alto risco. Método: Estudo transversal envolvendo amostra (n=129) obtida, considerando a prevalência de anemia em gestantes (50%), intervalo de confiança (IC) de 90%, erro de 8%, sendo elegíveis gestantes de alto risco internadas no hospital universitário do município no ano de 2013, por meio de coleta de dados socioeconômicos, de pré-natal, clínicos, antropométricos e medida de hemoglobina. A anemia foi identificada por um nível de hemoglobina < 11 g/dL e sua associação com os fatores de risco foi testada por meio de análise de regressão múltipla de Poisson, com os resultados expressos pela Razão de Prevalência e IC95%. Resultado: A prevalência de anemia foi de 49,6%, com associação dessa variável com: estado nutricional de baixo peso (RP=1,77; IC=1,21; 2,60; p=0,003) e ganho ponderal gestacional insuficiente (RP=0,55; IC=0,38; 0,81; p=0,002). Conclusões: A anemia em gestantes de alto risco de Maceió é um problema de magnitude elevada; no entanto, não ultrapassou os valores esperados para gestantes saudáveis. Somado a isso, essa condição se associou a um estado nutricional comprometido, o que pode elevar ainda mais as taxas de morbimortalidade materna e fetal nesse grupo.

Palavras-chave

Anemia. Complicações na Gravidez. Estado Nutricional

Abstract

Introduction: Some injuries or illnesses during pregnancy have relationship with the increased incidence of anemia. Further, anemia can aggravate the symptoms of some diseases during this period. Therefore, attention to this group of pregnant women in this regard should be redoubled. Objective: The objective of the study was to evaluate the prevalence and associated factors with anemia in high-risk pregnant women. Methods: Cross-sectional study conducted on a sample (n=129) obtained on the basis of the estimated prevalence of anemia during pregnancy (50%), a 90% confidence interval (CI), an error of 8%, being eligible high-risk pregnant women admitted to university hospital in the city in 2013, of which were collected socioeconomic, prenatal care and clinical data, anthropometric measure and hemoglobin held. Anemia was identified by a hemoglobin level <11 g / dL and its association with risk factors was tested using multivariate Poisson regression analysis, with the results expressed by the prevalence ratio (PR) and 95% CI. Results: The prevalence of anemia was 49.6%, with association of this variable with: nutritional status of low birth weight (PR=1.77, CI=1.21, 2.60; p=0.003) and insufficient gestational weight gain (PR=0.55, CI=0.38, 0.81; p=0.002). Conclusions: Anemia in high-risk pregnant women from the Maceió is a high magnitude problem; however, did not exceed the expected values for healthy pregnant women. Added to this, this condition was associated with a compromised nutritional status, which can further increase the maternal and fetal morbidity and mortality rates in this group.

Keywords

Anemia. Pregnancy Complications. Nutritional Status

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de Alto Risco. Manual Técnico. 5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

2. Côrtes MH, Vasconcelos IAL, Coitinho DC. Prevalência de anemia ferropriva em gestantes brasileiras: uma revisão dos últimos 40 anos. Rev Nutr. 2009;22(3):409-18.

3. Dal Pizzol TS, Giugliani ERJ, Mengue SS. Associação entre uso de sais de ferro durante a gestação e nascimento pré-termo, baixo peso ao nascer e muito baixo peso ao nascer. Cad Saúde Pública. 2009;25(1):160-8.

4. Santos EMF, Amorim LP, Costa OLN, Oliveira N, Guimarães AC. Perfil de risco gestacional e metabólico no serviço de pré-natal de maternidade pública do Nordeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obstetr. 2012;34(3):102-6.

5. Ferreira HS, Moura FA, Cabral Júnior CR. Prevalência e fatores associados à anemia em gestantes da região semi-árida do Estado de Alagoas. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(9):445-51.

6. Campigotto AC, Farias MCAD, Pinto DCF, Albuquerque FGF. Factors relating to iron deficiency anemia in pregnancy: an integrative review. Int Arch Med. 2015;8(159):11 p.

7. Onoh RC, Ezeonu OP, Joannes Umeora OU, Onoh TJ, Anozie BO, Onyebuchi AK. Anemia in pregnancy in Abakaliki, South East Nigeria. Int J Gynaecol Obstet. 2014;125(3):280.

8. Sociedad Espanõla de Ginecología y Obstetricia. Infección urinaria y gestación (actualizado Febrero 2013). Prog Obstet Ginecol. 2013;56(9):489-95.

9. Torres M, Moayedi S. Gynecologic and other infections in pregnancy. Emerg Med Clin North Am. 2012;30(4):869-84.

10. Della Rosa FB, Rocha VS, Ruano R, Zugaib M, Colli C. Alterações na homeostase de ferro na pré-eclâmpsia. Nutrire. 2013;38(supl):121.

11. Benoist B, McLean E, Egli I, Cogswell M, eds. Worldwide prevalence of anaemia 1993-2005: WHO Global Database on Anaemia. Geneva: WHO; 2008.

12. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a World Health Organization Consultation (WHO Obesity Technical Report Series n. 284). Geneva: World Health Organization, 2000. 256 p.

13. World Health Organization [Internet]. Growth reference data for 5-19 years. BMI-for-age GIRLS 5 to 19 years (percentiles). 2007. [citado 2014 Abr 08]. Disponível em: http://www.who.int/ growthref/who2007_bmi_for_age/en/2007

14. Atalah Samur E, Castillo LC, Castro Santoro R, Aldea PA. Propuesta de un nuevo estándar de evaluación nutricional em embarazadas. Rev Méd Chile. 1997;125(12):1429-36.

15. Rasmussen KM, Yaktine AL; Institute of Medicine and National Research Council of National Academies. Weight gain during pregnancy: reexamining the guidelines. Washington: National Academies Press; 2009.

16. Ali AA, Rayis DA, Abdallah TM, Elbashir MI, Adam I. Severe anaemia is associated with a higher risk for preeclampsia and poor perinatal outcomes in Kassala hospital, eastern Sudan. BMC Res Notes. 2011;4:311.

17. Pessoa LS, Saunders C, Belfort GP, Silva LBG, Veras LS, Esteves APVS. Evolução temporal da prevalência de anemia em adolescentes grávidas de uma maternidade pública do Rio de Janeiro. Rev Bras Ginecol Obstet. 2015;37(5):208-15.

18. Bivolarska AV, Gatseva PD, Maneva AI. The role of eating habits on the iron status of pregnancy women. J Am Coll Nutr. 2016; 35(2):118-24.

19. Cesar JA, Dumith SC, Chrestani MAD, Mendoza-Sassi RA. Iron suplementation among pregnant women: results from a population- based survey study. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(3):729-36.

20. OMS. Diretriz: Suplementação diária de ferro e ácido fólico em gestantes. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2013.


Submetido em:
18/05/2016

Aceito em:
30/08/2016

654bc661a9539543f36129b3 braspen Articles
Links & Downloads

BRASPEN Journal

Share this page
Page Sections