Introdução: Doenças hematológicas são comumente associadas ao descontrole da replicação do HIV e à consequente depleção dos linfócitos T-helper e, especial atenção merece a anemia, que é a alteração hematológica mais frequente. Objetivo: Avaliar a prevalência de anemia e relação com os dados antropométricos de portadores de HIV/AIDS que fazem tratamento em uma Casa de Assistência a pessoas com AIDS do município de Aracaju-SE. Método: Estudo observacional descritivo transversal, composto por 120 indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 26 a 61 anos, no qual foi avaliada a frequência de anemia e sua associação com algumas características sociodemográficas, clínicas e antropométricas. Resultados: Foi evidenciado predomínio do sexo masculino (54,8%), com média de idade próxima aos 40 anos. A frequência de anemia foi elevada, em 50,8% da amostra. Porém, dentre as variáveis analisadas, a anemia manifestou-se independentemente da faixa etária, do gênero, do tempo de descoberta da doença ou do tipo de fármaco utilizado no tratamento da infecção estudada. Já em relação aos dados antropométricos, a anemia prevaleceu nos pacientes que apresentaram maior índice de massa corporal, maior AMBc e associação entre menor somatório de dobras cutâneas e a ocorrência da anemia. Conclusão: A alta prevalência de anemia na amostra analisada é uma informação preocupante, visto que esse distúrbio tem sido associado à piora da condição clínica e está relacionada ao risco aumentado de óbitos em pacientes infectados pelo HIV/AIDS.

Introduction: Hematologic diseases are commonly associated with the lack of control of HIV replication and the consequent depletion of T-helper lymphocytes, especially anemia, which is the most frequent hematologic alteration. Objective: To evaluate the prevalence of anemia and anthropometric data of people living with HIV/AIDS who are being treated at a care center for people with AIDS in the city of Aracaju-SE. Methods: A cross-sectional descriptive observational study, comprising 120 individuals of both genders, aged 26 to 61 years, in which the frequency of anemia and its association with some demographic, clinical and anthropometric characteristics were evaluated. Results: A predominance of males (54.8%) was observed, with mean age close to 40 years. The frequency of anemia was high in 50.8% of the sample. However, among the analyzed variables, the anemia manifested itself independently of the age group, gender, the time of discovery of the disease or the type of drug used to treat the infection studied. Regarding the anthropometric data, anemia prevailed in patients who presented a higher body mass index, higher BMA and an association between a smaller sum of cutaneous folds and the occurrence of anemia. Conclusion: The high prevalence of anemia in the sample analyzed is a worrying information, since this disorder has been associated with worsening of the clinical condition and is related to the increased risk of death in patients infected by HIV/AIDS.