BRASPEN Journal
https://braspenjournal.org/article/63e283fea9539522055d5134
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Artigo Original

Excreção de zinco na urina em indivíduos com síndrome metabólica em uso de terapias antihipertensivas  

Urinary zinc excretion in subjects with metabolic syndrome using antihypertensive therapies  

Isabelli Luara Costa da Silva, Erika Paula Silva Freitas, Eduardo Paixão da Silva, Giovanna Melo de Carvalho, Jainara da Silva Soares, Lucia de Fátima Campos Pedrosa, Josivan Gomes de Lima, Karine Cavalcanti Maurício Sena-Evangelista.

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Resumo

Introdução: As anormalidades fisiopatológicas que fazem parte da síndrome metabólica podem acarretar em aumento da zincúria, especialmente diante do uso de anti-hipertensivos. Objetivo: Avaliar a zincúria de indivíduos com síndrome metabólica submetidos à terapia anti-hipertensiva. Método: Foram selecionados 34 indivíduos adultos e idosos diagnosticados com síndrome metabólica. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: monoterapia e terapia combinada, conforme a utilização de anti-hipertensivos. Foram realizadas medidas antropométricas e análises bioquímicas. O zinco na dieta foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas. As determinações de zinco na urina 24h foram realizadas por espectrofotometria de absorção atômica. Resultados: Os indivíduos apresentaram média de idade de 47,7 anos no grupo monoterapia e 51,1 anos para a terapia combinada, com predominância do sexo feminino (87,5%). No grupo de monoterapia, houve predominância do uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina e bloqueadores beta-adrenérgicos (ambos n=6; 33,3%) e, no grupo terapia combinada, prevaleceram as combinações de bloqueadores dos receptores de angiotensina e diurético (n=7; 43,8%). Os valores de zinco na urina de 24 horas [323,15 µg Zn/24horas (42,7-1405,2) vs. 358,7 µg Zn/24horas (195,5-632,4); p=1,000] e consumo médio de zinco [6,5 (2,6) vs. 6,3 (3,9) mg/dia; p=0,841] não diferiram significativamente entre os grupos. A hiperzincúria foi registrada em 22,2% dos indivíduos em monoterapia e 14,3% dos indivíduos em terapia combinada. Foram obtidas correlações estatisticamente significativas (todos p<0,05) entre a zincúria e zinco da dieta no grupo monoterapia (Rs= 0,527; p=0,025) e triglicerídeos no grupo terapia combinada (Rs=0,582; p=0,037). Conclusão: Não houve alteração da zincúria em função da terapia anti-hipertensiva utilizada, entretanto, os indivíduos do grupo monoterapia apresentaram maior frequência de hiperzincúria e também correlação positiva com o zinco da dieta.

Palavras-chave

Síndrome Metabólica. Zinco. Urina. Anti-Hipertensivos.

Abstract

Introduction: The pathophysiological abnormalities of metabolic syndrome can lead to an increase in zincuria, especially in the presence of antihypertensive drugs. Objective: This study aimed to evaluate the zincuria of individuals with metabolic syndrome undergoing antihypertensive therapy. Method: We selected 34 adult and elderly individuals diagnosed with metabolic syndrome. Subjects were divided into two groups: monotherapy and combination therapy, according to the use of antihypertensives. Anthropometric measurements and biochemical analyzes were performed. Zinc intake was evaluated by means of two 24-hour recall. The determination of 24-h urinary zinc excretion was performed by atomic absorption spectrophotometry. Results: Individuals presented a mean age of 47.7 years in the monotherapy group and 51.1 years for the combined therapy, with a predominance of females (87.5%). In the monotherapy group, the use of angiotensin receptor blockers and beta-adrenergic blockers (both n=6; 33.3%) predominated, and combinations of angiotensin and diuretic receptor blockers (n=7; 43.8%). The 24-h urinary zinc excretion [323.15 µg Zn / 24 hours (42.68-1405.20) vs. 358.70 µg Zn/24 hours (195.47-632.42); p=1,000], and the zinc intake [6.5 (2.6) vs. 6.3 (3.9) mg/day, p=0.841] did not differ significantly between groups. Hyperzincuria was recorded in 22.2% of the individuals in monotherapy and 14.3% of the individuals in combination therapy. Statistically significant (all p<0.05) correlations were observed between zincuria and zinc intake in the monotherapy group (Rs=0.527, p=0.025), and between zincuria and triglycerides in the combination therapy group (Rs=0.582, p=0.037). Conclusion: There was no change in zincuria as a result of the antihypertensive therapy used, however, the individuals in the monotherapy group presented a higher frequency of hyperzincuria and also a positive correlation with zinc intake.

Keywords

Metabolic Syndrome. Zinc. Urine. Antihypertensive Agents.
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